Um conceito muito utilizado na prática junguiana é o do inconsciente. Segundo Jung, o inconsciente é a totalidade de todos os fenômenos psíquicos em que falta a qualidade da consciência. Nele está contido tudo o que um dia foi consciente e logo após reprimido por ser doloroso demais para permanecerem na consciência, bem como lembranças rudimentares que foram perdidas por serem muito primitivas para tornarem-se conscientes. A estes conteúdos, Jung denominou “inconsciente pessoal”, e afirmou que ele é constituído em sua maioria por complexos. No entanto, e é neste ponto que se encontra o diferencial da psicologia analítica, existem conteúdos do inconsciente, que jamais passaram pela consciência. São conteúdos – instintos, funções e formas – que estão presentes em todo tempo e em todo lugar. Eles formam o que Jung denominou de “inconsciente coletivo”, por serem universais e uniformes e não participarem da individualidade do ser humano.